2013/06/06

DXLV

ENTREVISTA DE MÁRIO OLIVEIRA À FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE XADREZ


Mário Oliveira, professor responsável do NXVSC-Didáxis.



1. Como aprendeste a jogar? Como entraste neste mundo do xadrez?

R:
Aprendi a jogar, aos 11 anos, na Escola Preparatória João de Meira, com o responsável pelo Núcleo de Xadrez, o Professor João Andersen, que foi, sem dúvida, uma referência para que me apaixonasse por este jogo-ciência! No Torneio Interno do Natal classifiquei-me em último lugar (!), o que me deixou ainda mais motivado para que me superasse. Isto é, percebi que só com trabalho e dedicação pessoal poderia inverter os meus resultados individuais (uma lição para a vida…). Nesse Natal fui abençoado pelas melhores prendas natalícias de sempre: um tabuleiro de Xadrez magnético e dois livros de Xadrez, o “ABC do Xadrez” e a “Introdução ao Xadrez”. Consegui, de seguida, para surpresa de todos (menos para mim), o apuramento para o Nacional de Jovens Infantis, no Carnaval de 1989, ao alcançar o 3º lugar!...


2. O que te motiva nesta vertente de treinador/organizador nesta modalidade?
R:
Sirvo(-me) (d)o Xadrez para cultivar amizades, caso contrário, já tinha desistido há muito tempo de promover esta mui nobre modalidade, mas, acima de tudo, a minha grande motivação prende-se em formar novos valores escaquísticos, promovendo a capacidade de auto-superação dos meus alunos: deposito grande amor e paixão por aquilo que faço e partilho os meus sonhos com quem ao meu lado caminha…

 
3. Qual é o teu segredo para conseguires cativar jovens para praticar xadrez?
R:
Como já o referi, o “segredo” consiste em caminhar lado a lado com os meus alunos, mostrar-lhes que podem ser criadores das suas próprias histórias se perseguirem os seus sonhos, os seus objetivos… Em suma, ter a coragem de acreditar que mais importante do que ensinar o jogo do XADREZ é assumir a missão “ensinar a ser, antes de tudo ser…”.



4. O que pensas do trabalho da FPX até agora?
R:
O trabalho da FPX no primeiro ano de mandato, celebrado em Famalicão aquando da realização da Final Four da XXXV Taça de Portugal de Xadrez, tem sido meritório e com um saldo bastante positiv
Espero que a aposta na formação e aperfeiçoamento de jovens talentos perdure e se intensifique, pois só assim o Xadrez poderá ter bases de sustentação, tanto na dinamização nacional como na dinamização local (Associações Territoriais e Clubes). Desta forma, penso que é necessário que os Clubes, Associações Territoriais e a própria Federação promovam a evolução do Xadrez com base neste denominador comum: promoção e organização de Torneios de Lentas.
Face à conjuntura nacional, é importante a FPX acautelar a curto prazo que o Xadrez seja uma modalidade cada vez mais atrativa, onde a divulgação na comunicação social é uma das soluções reais desta equação complexa…


5. Quais são os teus planos a nível xadrezístico a médio/longo prazo?
R:
Aquando da fundação do NXVSC – Didáxis, em outubro de 2003, tive a dupla função de jogador (1º tabuleiro) e dirigente, o que era muito desgastante, mas compensador com as vitórias que íamos obtendo. Destaco a conquista do mais alto título distrital colectivo em 2006: Campeonato Distrital Absoluto (equipas). Nos dias que correm, sinto que já não sou necessário no tabuleiro, em termos competitivos, podendo canalizar as minhas energias para aquilo que inicialmente me propus: promover a implantação do Xadrez em Vila Nova de Famalicão e proporcionar aos meus atletas as melhores condições para a prática do Xadrez na participação em Torneios Nacionais e Internacionais!
Todavia, sempre que a equipa precisa de mim digo “presente”, tal como aconteceu, em janeiro de 2013, na conquista da Taça Distrital de Braga e, também, no apuramento para a FINAL FOUR da Taça de Portugal de Xadrez no passado mês de abril!
 
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